terça-feira, 5 de maio de 2020

Como melhorar a sua saúde mental



Um bom estado de saúde mental se caracteriza pela canalização das emoções através de pensamentos positivos. Supõe ter uma maior confiança diante dos desafios que a vida impõe e boa disposição para construir relações duradouras e de afeto mútuo com os outros.

Há indicadores de uma boa saúde mental. Entre outros, podemos citar o bom humor e a exaltação pela vida; uma disposição clara e variada ao aprendizado permanente; desejos de experimentar novidades; uma constante renovação de propósitos para a vida.

Desfrutar do tempo livre desenvolvendo atividades prazerosas e estimulantes não só amplia a nossa visão de mundo, como também nos conecta com nós mesmos e o nosso desejo de viver.

O isolamento e a solidão não são bons conselheiros, exceto quando o objetivo é ler um bom livro, fazer exercícios de meditação ou tirar um tempo para refletir sobre algo que nos preocupa profundamente.

Os estados de isolamento prolongados afetam o equilíbrio das emoções e inclusive a saúde física, a menos que você seja um mestre de meditação, ou que existam circunstâncias concretas que exijam solidão para poder realizar uma tarefa. Nos outros casos, não há razão para que esses estados se prolonguem.

O uso de certas substâncias também deteriora a saúde mental. Não devemos abusar do consumo de remédios, álcool ou tabaco. Também não devemos acreditar nos elixires que algumas drogas prometem. O melhor é evitar as substâncias que podem lesionar o sistema nervoso ou afetar o cérebro de forma negativa.

Também existem alguns hábitos cotidianos que não ajudam a manter um equilíbrio emocional e mental adequado. Ver televisão em excesso, ou por simples tédio, é algo que atordoa mais do que entretém. Cria a ilusão de estar se comunicando com outros, mas ao mesmo tempo isola a pessoa do convívio social.

A primeira coisa a fazer é promover o cuidado do seu corpo. Nada mais certo do que a frase “corpo são, mente sã”. Cuidar-se significa dormir bem, alimentar-se adequadamente e realizar algum tipo de exercício físico periodicamente.

Tão importante quanto atender o seu corpo é enriquecer os vínculos com as pessoas que o rodeiam. É importante se relacionar de forma ativa com familiares e amigos ou colegas, não simplesmente por costume. Dedique tempo às pessoas que são importantes para você.

Se você experimenta estados de angústia ou tristeza, seria bom realizar alguma prática de relaxamento. Não se trata de mudar a sua vida para ser como Dalai Lama, e sim de introduzir rotinas físicas que lhe farão muito bem.

O melhor é realizar exercícios de relaxamento que envolvam todo o seu corpo, juntamente com práticas de respiração profunda e controlada. Isto irá equilibrá-lo além de melhorar a sua capacidade de desenvolver os processos criativos.

Ler um bom livro, escrever ensaios curtos sobre o cotidiano, desfrutar de uma peça ou concerto, fotografar o amanhecer ou olhar o céu estrelado através de um telescópio são atitudes que o ajudarão a estimular enormemente a sua inteligência emocional.

Entrar em contato com a natureza não é apenas revitalizante em termos de bem-estar, mas também gera estados de tranquilidade e contemplação, necessários e importantes para o espírito.

Ter passatempos estimulantes aumenta a sua alegria de viver e lhe permite conhecer e interagir com pessoas de idades diversas e mentalidades diferentes.

E logicamente, uma das coisas mais importantes, estar em contato consigo mesmo. Descobrir-se, aceitar-se, superar-se e amar-se. Tarefas fundamentais que servem de sustentação para o resto das atividades e habilidades.

Fonte: https://amenteemaravilhosa.com.br/melhorar-saude-mental/

Falando em amor



Falar em amor é adentrar em terreno arenoso. Andar sobre solo árido.

Não sei se devido os muitos acontecimentos exacerbados de violência, ultimamente se vê e ouve-se muito falar em amor. Não só o amor romântico, mas o amor humano e/ou divino. Amor(es) que encontram-se ou separam-se em algum momento da caminhada. O amor para consigo e para com o outro. 

Na Bíblia, “ o amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta ” (1 Coríntios 13:4-7).

Para o Poeta, “(...) Amor é estado de graça e com amor não se paga. Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários. (...) Porque amor não se troca, não se conjuga, nem se ama. Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo. Amor é primo da morte, e da morte vencedor, por mais que o matem (e matam) a cada instante de amor” (Carlos Drummond de Andrade).

Para mim, o amor é uma plantinha que precisamos cuidar diariamente. Cotidianamente. Amor de pais e filhos. Amor de irmãos. Amor de família. Amor de amigos. Amor “romântico”, humano. O amor para consigo mesmo. E também, o amor divino (tão necessário e tão frágil). É necessário muito carinho e zelo. Caso contrário, não se firma e se esvai... solto... ao vento.

Muitas vezes nos perdemos nas relações por não sabermos a dosagem do “amar”. Ou amamos demais o outro e nos amamos de menos, ou amamos o outro de menos, por nos amarmos demais. Um grande paradigma da “existência”. 

Quando falo em amar a nós mesmo, não é só o amor narcisista. Mas o amor que me é suficiente e absoluto. Eu me amo tanto, que já me basto. Então não há espaço para amar o outro. Mesmo que o queira, não aprendi a cuidar dessa plantinha. E quando amo tanto o outro que chego a esquecer-me de mim, também deixei de cuidar dessa plantinha, por não saber como fazê-lo.

Tudo precisa ser dosado. Eu amo na mesma medida em que também preciso me amar e ser amada. Quando nos dedicamos demais ao outro, nos anulamos. E quando nos amamos demasiadamente, também nos sabotamos. Todos precisam de “um amor para chamar de seu”. 

Quando se ama de verdade (“e que seja infinito enquanto dure”), dedica-se um tempo àquele que é digno desse amor. Faz-se loucuras (por vezes), cantamos na rua e na chuva, sorrimos por qualquer motivo, queremos estar perto mesmo quando estamos longe. Amamos na mesma proporção que nos amamos. Mas quando o “peso da balança” vai para um lado apenas, esse amor torna-se frágil e perigoso. Alguém sairá machucado. Ferido.

Em qualquer relação é preciso fazer escolhas. Escolhe-se amar ou não. Tenho muitos amigos. Amigos de décadas e amigos de pouco tempo. Mas, amigos (e não, colegas)! Aqueles para tudo, mesmo! Gosto de cuidar dessas plantinhas. Meu jardim lindo e florido. Sou afetiva demais. Amo demais. Insanamente, intensamente... demais! 

Meus amigos me conquistaram e eu os conquistei. Gosto de estar perto de todas as formas e maneiras. “É preciso amar direito, um amor de qualquer jeito(?). Ser amor a qualquer hora, ser amor de corpo inteiro. Amor de dentro pra fora”. Amor de valor. Amor escolhido. Amor amado.

O amor por nós mesmo, perpassa o limiar da razão e da emoção. Em vários momentos das nossas vidas, precisamos nos desconstruir. Desconstruir a nós mesmos. Nossos “valores”, (pré)conceitos, sentimentos confusos e rachados... E nos (re)construirmos. Reconstruirmos o nosso Eu e a nossa “essência”. Dessa forma, somos capazes de amar, amar e amar. Nos desfolhando e nos renovando... Sempre. Dando chance a si e ao outro... Na mesma proporção.